mpulsionada pela pandemia, a telemedicina consolidou-se como uma alternativa prática e acessível no Brasil, com mais de 30 milhões de atendimentos realizados à distância em 2023, um crescimento de 172% em relação ao período entre 2020 e 2022. Regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2022, a modalidade tem atraído tanto pacientes quanto profissionais da saúde, oferecendo conveniência e ampliando o acesso ao atendimento médico.
No setor público, o governo federal está investindo significativamente na ampliação da telessaúde, com previsão de R$ 464 milhões para apoiar estados e municípios na transição para o meio digital. Iniciativas como a instalação de núcleos de telessaúde e a compra de equipamentos multimídia têm contribuído para levar atendimento médico a regiões distantes, desafogando filas e promovendo continuidade no cuidado dos pacientes.
No setor privado, operadoras de planos de saúde e redes de clínicas têm explorado a telemedicina como uma solução eficiente e econômica, oferecendo serviços especializados e integrando tecnologias como inteligência artificial para aprimorar o atendimento. A prática também possibilitou consultas remotas em grande escala, tornando-se uma estratégia competitiva no mercado de saúde suplementar.
Internacionalmente, a telemedicina já é amplamente difundida em países como Estados Unidos e Japão, onde regulações específicas e investimentos têm impulsionado seu uso. No Japão, por exemplo, ela é uma ferramenta estratégica para atender doenças crônicas e regiões afastadas, enquanto nos Estados Unidos, a prática ganhou força com a popularização das receitas digitais e a exigência de licenciamento estadual para médicos.